segunda-feira, 5 de agosto de 2024

REDAÇÃO DE AGOSTO - 2ª SÉRIE E.M



Orientação gênero + Enunciado:





Diante das discussões em sala de aula sobre o tema do bimestre (Racismo) e da leitura dos textos motivadores abaixo, escreva um artigo de opinião sobre o tema Racismo Estrutural: consequências dessa prática no Brasil.




Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista, apresentando uma proposta de intervenção ou reflexão que respeite os direitos humanos.




Estrutura Textual:




Introdução:O tema deve ser apresentado de forma contextualizada;
O ponto de vista (tese) a ser defendido deve ser desenvolvido de maneira clara e concisa.




Desenvolvimento:Exposição e desenvolvimento da argumentação com afirmações baseadas em fatos e dados confiáveis;
Utilizar pesquisas e/ou afirmações de autoridades no assunto, de modo a sustentar a tese apresentada na introdução.




Conclusão:Recapitular a tese de forma conclusiva, reafirmando a ideia inicial;
Encerrar o artigo com uma proposta de intervenção, reflexão ou chamado à ação.




Dicas para a produção de texto:Manter linguagem formal (norma padrão da língua) e adequada ao contexto de um artigo de opinião;
Se desejar, utilize recursos como metáforas, analogias e citações, para tornar o texto mais persuasivo e interessante;
Não esquecer de citar fontes, caso utilize dados ou informações específicas no texto;
Ao finalizar, reler o texto para realizar correções gramaticais.
Certifique-se de que as opiniões foram expressas e defendidas ao longo do artigo.

Gênero textual:
Artigo de Opinião

Texto 1:


Negro continuará sendo oprimido enquanto o Brasil não se assumir racista


“Estudiosos da desigualdade racial afirmam que, para que a luta contra a discriminação da população negra produza resultados consistentes, há um passo decisivo que nós, brasileiros, ainda não demos: assumir que somos, sim, racistas — seja como indivíduos, seja como sociedade.


De acordo com o filósofo e jurista Silvio Almeida, presidente do Instituto Luiz Gama (ONG que atua pela igualdade racial) e professor da Universidade Mackenzie e da Fundação Getulio Vargas, quando se admite a existência do racismo, cria-se automaticamente a obrigação moral de agir contra ele:


— A negação é essencial para a continuidade do racismo. Ele só consegue funcionar e se reproduzir sem embaraço quando é negado, naturalizado, incorporado ao nosso cotidiano como algo normal. Não sendo o racismo reconhecido, é como se o problema não existisse e nenhuma mudança fosse necessária. A tomada de consciência, portanto, é um ponto de partida fundamental.


Como exemplo da negação, o advogado e sociólogo José Vicente, reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares e diretor da Sociedade Afro-Brasileira de Desenvolvimento Sociocultural (Afrobrás), cita um comportamento contraditório à primeira vista: a inflamada indignação demonstrada pelos brasileiros nas redes sociais e até em protestos de rua, seguindo uma onda antirracista mundial, em reação ao assassinato do segurança americano negro George Floyd, asfixiado por um policial branco em Minneapolis em maio.


A indignação parece contraditória porque os brasileiros quase diariamente veem na televisão e no jornal crimes praticados no seu próprio entorno tão racistas e cruéis quanto o ocorrido nos Estados Unidos, mas nem de longe reagem com a mesma comoção — se é que chegam a reagir.


— Os brasileiros entendem que é lá fora que existe ódio racial, não aqui. Acreditam que no Brasil vivemos numa democracia racial, miscigenados, felizes e sem conflito. Essa é a perversidade do nosso racismo. Ele foi construído de uma forma tão habilidosa que os brasileiros chegam ao ponto de não quererem ou não conseguirem enxergar a realidade gritante que está bem diante dos seus olhos.


Para mostrar que o combate efetivo ao racismo depende do fim da negação, o advogado Humberto Adami, que preside a Comissão da Verdade da Escravidão Negra, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), também recorre ao crime racial nos Estados Unidos. Adami lembra que, no Brasil, os canais de notícias deram um grande espaço para o assassinato de Floyd e escalaram seus jornalistas mais renomados para fazer a análise em programas de debate — todos jornalistas brancos.


— Os telespectadores mais atentos à questão racial reagiram na hora. Foi só então que os canais se deram conta do absurdo da situação e, para se retratarem, chamaram jornalistas negros para o debate sobre o racismo. Os indivíduos e as instituições costumam ter a mais absoluta convicção de que não são racistas, mas as atitudes acabam revelando o contrário. Se uma sociedade é racista, também a sua mídia, a sua universidade, a sua polícia, os seus tribunais etc. vão ser racistas. Esse episódio dos canais de TV mostra o quanto os negros ficam em desvantagem quando a negação prevalece e como tudo muda quando tomamos consciência de que somos racistas.


Fonte:

BRASIL. Senado Federal. Negro continuará sendo oprimido enquanto o Brasil não se assumir racista, dizem especialistas. Agência Senado. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/06/negro-continuara-sendo-oprimido-enquanto-o-brasil-nao-se-assumir-racista-dizem-especialistas . Acesso em: 12 jun. 2024.



Texto 2:


Desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil



BRASIL. IBGE. Estudos e Pesquisas de Informação Demográfica e Socioeconômica. Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil. Informativo. n. 41. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101681_informativo.pdf

Acesso em: 12 jun. 2024.

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