domingo, 1 de setembro de 2024

Redação de setembro - 1ª Série



Utilize os textos motivadores abaixo e o seu repertório pessoal sobre o tema e elabore um ARTIGO DE OPINIÃO sobre:

Como as mudanças climáticas estão influenciando o meio ambiente e quais são os impactos desses fenômenos no bem-estar da população?

Discuta as consequências dessas mudanças, destacando a relação entre o clima, o meio ambiente e a saúde coletiva. Posicione-se sobre o assunto e utilize argumentos e exemplos para defender suas ideias e seu ponto de vista. Reflita sobre as consequências de todos esses fatores na vida humana na Terra, principalmente na sua geração e nas próximas.





Estrutura textual:

No artigo de opinião, o autor apresenta argumentos para expressar seu ponto de vista sobre determinado tema e tenta convencer o leitor a aderir

à ideia veiculada no texto.





Introdução:
O tema e a tese devem ser apresentados de forma relevante.
A ideia defendida deve ser desenvolvida de maneira clara e concisa.



Desenvolvimento:
Fundamentar a tese com informações e dados confiáveis.
Utilizar argumentos lógicos para persuadir o leitor.
Organizar o texto em parágrafos coesos.



Conclusão:
Retomar a tese de forma conclusiva.
Sintetizar os argumentos apresentados.
Encerrar o artigo com uma proposta de intervenção, reflexão ou chamado à ação.







Dicas para a produção de texto

1. Utilizar a linguagem formal (norma-padrão da língua) e adequada ao contexto.

2. Se desejar, utilize recursos como metáforas, analogias e citações, para tornar seu texto mais persuasivo e interessante.

3. Lembre-se de citar fontes confiáveis, caso utilize dados ou informações específicas em seu texto.

4. Revise seu texto para garantir clareza, coesão e correção gramatical.

5. Seja objetivo e direto em sua argumentação.

6. Ao finalizar o texto, leia-o novamente e certifique-se de que sua opinião foi claramente expressa e defendida ao longo do artigo



Textos de apoio:


Texto 1: As mudanças ambientais e a saúde humana, os impactos da degradação ambiental sobre surtos de doenças infecciosas.

Os processos de degradação ambiental humano-induzidos têm causado alterações significativas na baixa e na média atmosfera e uma severa depleção de vários outros sistemas naturais como, por exemplo, a fertilidade dos solos, aquíferos, pesca oceânica e biodiversidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essas mudanças têm o potencial de afetar atividades econômicas, infraestrutura e ecossistemas, bem como de causar riscos à saúde da população humana. As mudanças ambientais antropogênicas também ameaçam a saúde humana por causar escassez de água e alimentos, aumentar os riscos de desastres naturais, provocar o deslocamento de pessoas e aumentar o risco de ocorrência de doenças infecciosas (Lindahl & Grace et al., 2015).

Vetores, patógenos e hospedeiros são capazes de sobreviver e se reproduzir dentro de uma variedade de condições ideais, sendo a temperatura e a precipitação os mais importantes fatores, enquanto outros como a elevação do nível do mar, vento e duração da luz do dia também apresentam alguma influência (OMS, 2003b). Dentro desse contexto, a OMS (2003a) estima que as mudanças climáticas globais têm parcela importante de responsabilidade sobre a ocorrência de surtos mundiais de diarreia e malária em países em desenvolvimento. Um exemplo citado pela OMS (2003b) de como alterações climáticas podem refletir sobre a ocorrência de surtos de doenças infecciosas mostra que, em anos de ocorrência do fenômeno El Niño, o risco de ocorrência de epidemia de malária pode crescer em até cinco vezes. Também poderia se tornar importante a influência das MCGs, por causar alterações na amplitude geográfica (latitude e altitude) e sazonalidade, na ocorrência de doenças infecciosas específicas cujos surtos estão muito ligados a esses fatores climáticos, como malária, dengue, febre amarela, zika e chikungunya. Também é possível que a ocorrência de doenças causadas por alimentos, como salmonelose, cuja incidência aumenta em meses quentes, possam ser afetadas pelas mudanças climáticas globais.

Outra possível forma de transmissão de doenças infecciosas ligada não apenas às mudanças climáticas globais, mas às mudanças ambientais como um todo, é aquela ligada à veiculação hídrica. As principais rotas de contaminação por doenças de veiculação hídrica estão ligadas ao contato do ser humano com água para consumo, recreação e/ou preparo de alimentos, contaminada. O contato com água contaminada pode ser intensificado por ações humanas, tais quais a disposição inadequada de esgotos domésticos (OMS, 2003b). Também é possível que eventos climáticos extremos possam aumentar o risco de ocorrência de enchentes e enxurradas, que serviriam como meio de transporte e disseminação de doenças infecciosas, como, por exemplo, a leptospirose e a cólera.

Não há dúvidas de que a degradação ambiental pode impactar negativamente em muitos dos fatores mencionados anteriormente e que são gatilhos para a ocorrência de pandemias. Processos como a urbanização não planejada, o aumento da pobreza, o desmatamento, hábitos alimentares culturais, o crescimento populacional desenfreado e o consumismo exacerbado, entre outros, leva a um cenário onde o contato do ser humano com a fauna silvestre pode se tornar mais frequente e, consequentemente, expor mais intensamente as pessoas a vetores de patógenos. O fluxo de passageiros e mercadorias em um mundo globalizado pode ainda disseminar mais rapidamente doenças que, no passado, poderia ficar restrita a poucas localidades. Já mudanças globais, como aquelas ligadas ao clima, têm potencial de mudar rotas migratórias e, até mesmo, as condições climáticas mínimas para a disseminação de doenças por meio do favorecimento de seus vetores, bem como da capacidade de mutação e multiplicação de agentes patogênicos.

Conclui-se, portanto, que as mudanças ambientais já estiveram e provavelmente estarão ligadas à ocorrência de pandemias no futuro. Entretanto, é preciso ser prudente ao atribuir à essas mudanças toda e qualquer ocorrência de novas pandemias, sendo tal atribuição possível somente à luz da ciência. O desenvolvimento sustentável é, sem dúvida, uma importante forma de promover a melhoria das condições de vida da população, conciliando o crescimento econômico com a melhoria das condições sociais e a preservação ambiental, reduzindo os riscos de ocorrência e intensidade de novas doenças.

BRASIL. EMPRAPA. As mudanças ambientais e a saúde humana, os impactos da degradação ambiental sobre surtos de doenças infecciosas.


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