quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Redação do mês de setembro




PROPOSTA DE REDAÇÃO


Proposta de produção de texto dissertativo-argumentativo modelo Enem sobre “Combate ao trabalho infantil no Brasil”


COLETÂNEA


Texto I

A Convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) n.º 138 define o trabalho infantil como aquele que é perigoso e prejudicial para a saúde e desenvolvimento mental, físico, social ou moral das crianças e que interfere com a sua escolarização – seja porque as priva desta, seja porque as conduz ao abandono precoce da escola, seja porque as obriga a conciliar a frequência escolar com longas horas de trabalho. A Convenção n.º 182 define como as piores formas de trabalho infantil o trabalho forçado ou obrigatório, como a utilização, o recrutamento ou a oferta de uma criança para fins de exploração sexual ou atividades ilícitas e trabalhos suscetíveis de prejudicar a saúde, a segurança ou moralidade da criança.

O trabalho infantil constitui uma violação dos direitos humanos fundamentais. A Declaração sobre Princípios e Direitos Fundamentais afirma que todos os países membros da OIT, como o Brasil, estão vinculados a respeitar e promover os quatro princípios e direitos fundamentais no trabalho, entre eles, a “abolição efetiva do trabalho infantil”.

Organização Internacional do Trabalho, 20 nov. 2018. Disponível em: https://www.ilo.org/pt-pt/resource/trabalho-infantil#:~:text=A%20Conven%C3%A7%C3%A3o%20da%20OIT%20(N,seja%20porque%20as%20conduz%20ao. Acesso em: 04 abr. 2025. Adaptado.



Texto II


O Brasil possui uma legislação avançada sobre a vedação ao trabalho infantil e a proteção ao adolescente trabalhador. A Constituição Federal de 1988 determina a “proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos” (art. 7º, inciso XXXIII). A Consolidação das Leis do Trabalho proíbe o trabalho noturno, perigoso e insalubre, bem como o trabalho realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social, ou em horários e locais que não permitam a frequência à escola.

Manual de perguntas e respostas sobre Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador. Ministério do Trabalho e Emprego, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/noticias-e-conteudo/2023/junho/Manualdecombateaotrabalhoinfantiledeproteoaoadolescentetrabalhador.pdf. Acesso em: 04 abr. 2025.


Texto III








Texto IV


O Brasil tem um histórico de escravidão que influenciou profundamente a visão sobre o trabalho infantil. Durante o período escravocrata, crianças de origem africana e indígena eram forçadas a trabalhar desde cedo. Essa prática deixou um legado cultural que ainda persiste em algumas regiões do país. Em muitas famílias brasileiras, especialmente nas áreas rurais e nas periferias urbanas, o trabalho infantil é visto como uma forma necessária de complementar a renda familiar. A pobreza e a desigualdade social fazem com que muitas famílias dependam do trabalho de seus filhos para sobreviver.

Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/trabalho-infantil.htm. Acesso em: 04 abr. 2025. Adaptado.

TEXTO V


“Eu comecei a trabalhar com 8 anos”, conta Felipe Caetano, hoje com 17 anos. “E foi graças ao Nuca (Núcleo de Cidadania de Adolescentes, ação da UNICEF, o Fundo das Nações Unidas para a Infância) que pude sair dessa situação de trabalho infantil.

No princípio, eu trabalhava catando latinhas e garrafas com meus primos. Eu tinha 8 anos de idade. Depois, comecei a trabalhar também de garçom, dos 10 aos 14 anos. Trabalhava em barraca de praia, carregando peixe, carregando bebida, carregando coco na praia o dia todo, às vezes das sete da manhã às sete da noite. Era um trabalho bastante cansativo, bastante puxado.




Com 12 anos, em 2014, comecei a participar do Nuca do meu município. Por meio do Nuca, pude perceber que aquilo ali não era certo. Era uma violação de direitos. Eu parei para pensar: ‘nossa, eu estou lutando pelos direitos de crianças e adolescentes, mas eu também estou trabalhando. Estou retirando meus próprios direitos. Estou tentando garantir os dos outros, mas os meus estão sendo tirados’. Isso eu tinha 13 para 14 anos. A partir daquele momento, eu disse ‘não vou mais trabalhar, e vou lutar para que outras crianças e adolescentes deixem de trabalhar também’.









ENUNCIADO




A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Combate ao trabalho infantil no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.


Reflexões iniciais e breves rascunhos de estudantes.....






REDAÇÃO DO MÊS DE SETEMBRO

PROPOSTA DE REDAÇÃO


Proposta de produção de texto dissertativo-argumentativo modelo Enem sobre “Valorização da produção audiovisual brasileira”


COLETÂNEA


Texto I

Quando um filme brasileiro ganha destaque em premiações internacionais, como o Oscar, o público e a mídia voltam os olhos para a produção nacional. Um dos exemplos mais recentes disso é o longa Ainda Estou Aqui (2024), ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2025, o qual teve mais de cinco milhões de espectadores. No entanto, essa atenção costuma ser passageira, e a valorização do cinema local volta a cair logo após o término da temporada de premiações.

A falta de investimento na distribuição e na publicidade de filmes nacionais contribui para muitas produções passarem despercebidas. Enquanto isso, diversos filmes internacionais recebem grande destaque na mídia e nos cinemas, e as produções brasileiras frequentemente têm exibições limitadas.


Sendo assim, em dezembro de 2024, o Governo Federal retomou com a “Cota de Tela“, uma lei que torna obrigatória a exibição de filmes nacionais nas salas de cinemas. A medida tem como principal objetivo tornar a competição mais justa em relação aos filmes estrangeiros e incentivar a produção audiovisual.


MAZOTI, Amanda. Além do Oscar. GeekPop News, 02 abr. 2025. Disponível em: https://geekpopnews.com.br/alem-do-oscar-por-que-o-cinema-nacional-ainda-nao-e-valorizado/. Acesso em: 04 abr. 2025. Adaptado.



Texto II


A resistência presente em um terço da população para assistir a filmes brasileiros no cinema reflete a complexidade da relação entre o cinema brasileiro e seu público. As raízes dessa problemática são antigas, e talvez a melhor explicação para ela esteja na “situação colonial” que foi descrita pelo crítico Paulo Emílio Salles Gomes. Essa condição pode ser resumida pela própria história do cinema nos países periféricos, onde “o hábito do cinema foi adquirido (...) pelo consumo de filmes estrangeiros”. No Brasil, além de enfrentar o domínio da produção de Hollywood, o cinema teve de lidar com uma outra hegemonia, a da televisão aberta que, por anos, reinou quase sozinha no mercado.


SOUZA, Ana Paula. Um terço da população ainda rejeita filme brasileiro.

Folha de São Paulo, 20 ago. 2021. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2021/08/um-terco-da-populacao-do-pais-ainda-rejeita-filme-brasileiro.shtml. Acesso em: 04 abr. 2025. Adaptado.

Texto III





O Globo, 2017. Disponível em: https://infograficos.oglobo.globo.com/cultura/a-quantidade-de-filmes-nacionais-lancados-no-cinema-ano-a-ano.html. Acesso em: 04 abr. 2025.




Texto IV


O cinema brasileiro tem uma história rica e diversificada, repleta de obras que abordam a cultura, a história e as questões sociais do país. No entanto, apesar da sua relevância, muitas produções nacionais enfrentam desafios para conquistar o público local e internacional.

A falta de valorização do cinema brasileiro pode ser atribuída a diversos fatores históricos, culturais e econômicos. Embora existam políticas públicas de incentivo, como a Ancine, o financiamento para as produções brasileiras é frequentemente limitado. Além disso, muitas vezes, o público brasileiro associa o cinema nacional a estereótipos como baixa qualidade técnica ou narrativas limitadas a comédias e temas sociais. Essa visão preconceituosa reduz o interesse pelas produções nacionais.
Ainda assim, o cinema brasileiro possui um enorme potencial. Investimentos consistentes, uma distribuição mais ampla e um público mais engajado são fundamentais para mudar esse cenário.

Por que o cinema brasileiro não é valorizado. Ecologia 2017, 3 fev. 2025. Disponível em: https://www.ecologia2017.com.br/por-que-o-cinema-brasileiro-nao-e-valorizado/. Acesso em: 04 abr. 2025. Adaptado.


ENUNCIADO


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Valorização da produção audiovisual brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.

Redação do mês de setembro

PROPOSTA DE REDAÇÃO Proposta de produção de texto dissertativo-argumentativo modelo Enem sobre “Combate ao trabalho infantil no Brasil” COLE...