quarta-feira, 5 de março de 2025
PLATAFORMA LEIA E REDAÇÃO PAULISTA
ROTEIRO - LEIA
2ªSÉRIE - E.M
ATIVIDADE 1
Reflexão:
Vidas secas, de Graciliano Ramos
a) O título de Vidas secas faz referência direta à aridez do sertão brasileiro; contudo, a secura pode se relacionar também a outros aspectos do livro. Que aspectos poderiam ser esses? Você os observa na realidade brasileira hoje de alguma forma?
b) Em alguns anos, o livro completará noventa anos desde sua primeira publicação. De que forma você diria que ele continua relevante hoje, quase um século depois?
c) O formato do livro, dividido em capítulos curtos narrados do ponto de vista de diferentes personagens, contribuiu de alguma forma para sua apreciação (ou não) da leitura?
d) O livro já recebeu diversas adaptações para TV, cinema, teatro e cordel. Que capítulo ou momento específico do livro você diria que deve aparecer em uma adaptação para que ela transmita a essência da história?
a) Além da aridez do sertão, a "secura" no livro pode estar relacionada à falta de perspectivas da família de Fabiano, à dureza das relações humanas e à dificuldade de comunicação entre os personagens, que falam pouco e têm dificuldades de expressar seus sentimentos. Essa "secura" também pode ser vista na realidade brasileira hoje, em situações como a desigualdade social, a falta de acesso a direitos básicos e a persistência de condições de miséria em várias regiões do país.
b) O livro continua relevante porque aborda temas universais como a pobreza, a luta por dignidade e a desigualdade social. Apesar de quase um século desde sua publicação, o Brasil ainda enfrenta problemas semelhantes aos vividos por Fabiano e sua família, como a seca no Nordeste, a exploração dos trabalhadores e a dificuldade de ascensão social.
c) O formato do livro, com capítulos curtos e focados em diferentes personagens, permite que o leitor entre na perspectiva de cada um deles, enriquecendo a experiência de leitura. Para alguns leitores, isso torna a narrativa mais interessante e dinâmica; para outros, pode parecer fragmentado e mais difícil de acompanhar.
d) Um momento essencial para qualquer adaptação é a cena em que Baleia, a cadela da família, morre. Esse episódio concentra grande parte da carga emocional do livro e simboliza o sofrimento e a resistência dos personagens. Outra cena importante é a caminhada da família em busca de uma vida melhor, pois representa a constante luta dos retirantes contra a seca e a opressão.
Reflexão
O fio das missangas, de Mia Couto
a) O fio das missangas é escrito por um autor moçambicano, por isso o português usado pelo autor tem variações e diferenças se relacionado ao português usado no Brasil. Você notou essas questões em algum momento?
Como isso afetou sua leitura?
b) Que tipo de fronteiras são atravessadas no livro?
Você as percebe em seu cotidiano de alguma forma?
c) Em uma das principais passagens do livro, lemos: “Eu [o narrador] dou o fio e as mulheres a missanga. E são tantas as missangas”. Que missangas do livro mais te marcaram em sua leitura até agora?
d) Como tem sido sua relação com o ritmo de leitura do livro, considerando que ele reúne vários contos de curta extensão? Isso pode facilitar a leitura de alguma forma?
a) Sim, o português usado por Mia Couto tem particularidades do Moçambique, com expressões, construções sintáticas e vocabulário diferentes do português do Brasil. Além disso, ele tem um estilo poético, cheio de metáforas e neologismos. Isso pode tornar a leitura um pouco desafiadora no início, mas também a torna mais rica, trazendo novas formas de enxergar a língua.
b) O livro atravessa várias fronteiras: culturais, linguísticas, emocionais e sociais. Ele mostra personagens que lidam com desigualdades, expectativas sociais e dores pessoais. No cotidiano, podemos perceber essas fronteiras em preconceitos, diferenças de oportunidades e nas barreiras invisíveis que separam as pessoas por classe, gênero ou cultura.
c) Cada conto é como uma "missanga" no fio narrativo do livro. Algumas histórias que costumam marcar os leitores são aquelas que falam sobre relações humanas, silenciamentos e perdas. Um exemplo é o conto que dá nome ao livro, que fala sobre a passagem do tempo e a efemeridade das relações.
d) O formato de contos curtos pode facilitar a leitura, pois permite que ela seja feita aos poucos, sem necessidade de acompanhar uma única narrativa longa. Além disso, cada conto tem sua própria intensidade, permitindo pausas para reflexão antes de seguir para o próximo.
Os estudantes tentarão estabelecer relações entre a leitura bimestral e o recorte temático da produção textual do mês, isto é, uma reportagem de divulgação científica sobre invisibilidade pública.
● Como isso se relaciona ao que você está lendo?
OBS: 2°A Vidas Secas
2°B O fio das Missangas
2° C Vidas Secas
Redação do mês de março - REPORTAGEM
Professor, para a análise da situação de comunicação prevista no enunciado orientador da proposta, você pode mediar a identificação, pelos estudantes, dos seguintes elementos:
Redação do mês de março - 3ª série
Redação Paulista
TEXTO I
Foi sancionada a Lei 14.533, de 2023, que cria a Política Nacional de Educação Digital (Pned), com medidas de estruturação e incentivo ao ensino de computação, programação e robótica nas escolas. A lei teve origem no PL 4.513/2020, aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro com várias contribuições introduzidas pelo Senado.
[...]
A Política Nacional de Educação Digital será regulamentada pelo Poder Executivo federal e deverá estar prevista no plano nacional plurianual e nas leis orçamentárias. A proposta se estrutura em eixos voltados para: a inclusão digital da população brasileira; a educação digital nas escolas; ações de capacitação do mercado de trabalho; e incentivo à inovação, à pesquisa e ao desenvolvimento (P&D).
SENADO NOTÍCIAS. Política Nacional de Educação Digital é sancionada com vetos, 12 jan. 2023. Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2023/01/12/politica-nacional-de-educacao-digital-e-sancionada-com-vetos. Acesso em: 13 jan. 2025.
TEXTO II
No Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, os alunos do ensino médio receberam a tarefa de produzir uma redação, nos moldes do Enem, 100% por meio da IA. Os estudantes não poderiam escrever nenhuma palavra autoral. Em seguida, o docente corrigiu as produções em sala de aula, e o resultado foi que a maioria dos alunos obteve nota mediana, pois os textos apresentavam inconsistência de informação e faltava fluidez.
Apenas uma aluna se destacou. “Ela sabia o que queria e orientou bem a IA, e este é o cerne do que a gente acredita. Quando a ferramenta é usada para ajudar o aluno a aprofundar um conhecimento, o resultado é incrível, mas quando se usa para terceirizar um conhecimento, é péssimo. Um bom resultado depende de um bom comando”, afirma o professor Lucas Chao.
Para o professor, é fundamental que esses sistemas sejam incorporados ao ambiente escolar, até para preparar os alunos para as oportunidades do mundo do trabalho. Mas é necessário lembrar que o vestibular, por exemplo, funciona como uma prova clássica. “Hoje trabalhamos com um consenso de que essas ferramentas são importantes e vieram para ficar. Se existe um futuro melhor, é por meio da conscientização, de um uso crítico. Trazemos essas tecnologias para a sala de aula, mas temos os momentos de avaliação tradicional com papel e caneta. São os dois mundos.”
[...]
Verônica Cannatá defende que as discussões em torno do uso da IA se tornem políticas públicas e não fiquem restritas ao universo das redes particulares de ensino. “Ignorar a IA é deixar seu aluno em uma área de analfabetismo tecnológico. [...]”.
FAJARDO, Vanessa. Estadão. 28/08/2024. Essa escola pediu aos alunos uma redação do Enem 100% feita pelo ChatGPT: qual foi o resultado?. Disponível em: https://www.estadao.com.br/educacao/escola-inteligencia-artificial-chatgpt-redacao-enem/?srsltid=AfmBOooeFTYWo9kV7NE5rC56x6JiULr1QWeY1phi-AjV1QEkKUdIZyL1. Acesso em: Acesso em: 13 jan. 2025. Adaptado.
TEXTO III
A síndrome de Frankenstein na era da inteligência artificial
O termo deriva do romance Frankenstein, escrito por Mary Shelley em 1818, que narra a história de um cientista que cria vida artificial, e passa posteriormente a ser assombrado e destruído por sua própria criação. Embora Shelley não tenha usado explicitamente o termo “síndrome de Frankenstein”, a obra tornou-se uma metáfora poderosa para os perigos percebidos do avanço tecnológico sem controle ético ou moral. O conceito ganhou força no século XX, especialmente no contexto do desenvolvimento de novas tecnologias, como a energia nuclear, a biotecnologia, e, mais recentemente, a inteligência artificial (IA). Durante a Guerra Fria, por exemplo, o medo em torno das armas nucleares ecoava esse mesmo temor: o medo de uma tecnologia que pudesse causar destruição em massa, algo fora do controle de uma única pessoa ou nação.
CAPPRA, R. Síndrome de Frankenstein na era da inteligência artificial. MIT Technology Review, 13 out. 2024. Disponível em: https://mittechreview.com.br/sindrome-frankenstein-ia/. Acesso em: 13 jan. 2025

ENUNCIADO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema Desafios para o uso crítico da inteligência artificial na educação brasileira, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.
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