sexta-feira, 9 de maio de 2025

Redação do mês de maio





Texto I

Para entender gentrificação imagine um bairro histórico em decadência, ou que apesar de estar bem localizado, é reduto de populações de baixa renda, portanto, desvalorizado. Lugares que não oferecem nada muito atrativo para fazer… Enfim, lugares que você não recomendaria o passeio a um amigo.

Imagine, porém, que de um tempo para cá, a estrutura deste bairro melhorou muito: aumentou a segurança pública e agora há parques, iluminação, ciclovias, novas linhas de transporte, ruas reformadas, variedade de comércio, restaurantes, bares, feiras de rua… Uma verdadeira revolução que traria muitos benefícios para os moradores da região, exceto que eles não podem mais morar ali.

É que, depois de todos esses melhoramentos, o valor do aluguel dobrou, a conta de luz triplicou e as idas semanais ao mercadinho da esquina ficaram cada vez mais caras, ou seja, junto com toda a melhora, o custo de vida subiu tanto que não cabe mais no orçamento dos atuais moradores. E o mais cruel de tudo é perceber que, enquanto o antigo morador procura um novo bairro, pessoas de maior poder aquisitivo estão indo morar no seu lugar.A gentrificação se apoia no discurso de “obras que beneficiam a todos” e não são motivadas pelo interesse público, mas sim pelo interesse privado, esse relacionado à especulação imobiliária. O processo é simples: suponha-se que o preço de venda de um imóvel num bairro degradado seja 80 mil. Porém, se este bairro estivesse completamente revitalizado, o mesmo imóvel poderia valer até 200 mil. Há, portanto, uma diferença de 150% entre o valor real e o valor potencial do mesmo imóvel. É exatamente nessa diferença que os investidores imobiliários enxergam a grande oportunidade para lucrar muito investindo pouco.

E De fato, existem especialistas que não “criminalizam” a gentrificação, por acreditar que esse é um processo decorrente da chamada “Sociedade Pós-Industrial”, na qual as relações capitalistas de consumo (demanda) ditam as relações de produção (oferta), e essa é uma condição natural e irreversível do nosso tempo. Estudos recentes realizados nos Estados Unidos, por exemplo, apontam que nem todos os moradores antigos de bairros gentrificados foram “expulsos” por conta da valorização imobiliária, mas, ao contrário, alguns conseguiram, por causa da gentrificação, ampliar suas rendas.

O debate é polêmico. No entanto, desconfiamos que a gentrificação é potencialmente mais nociva que saudável. Por se tratar de um processo típico de especulação imobiliária, a gentrificação precisa de muito investimento e respaldo do poder público para atender a uma demanda de interesse privado. Assim, a cidade, enquanto “coisa pública”, passa a ser planejada de acordo com a vontade do interesse privado, o que não necessariamente corresponde à vontade da população como um todo.



Emmanuel Costa. “O que é gentrificação e por que você deveria se preocupar com isso.” 04/04/2016. https://jornalggn.com.br/cidadania/. Acesso em: 10.09.2024. Adaptado.

Texto II

A gentrificação tem se tornado cada vez mais presente nas discussões sobre a ocupação urbana dos bairros nas cidades. É comum associar a transformação de determina das regiões, especialmente as mais antigas, a uma espécie de “gourmetização” dos espaços. Embora a premissa da gentrificação implique na renovação de áreas urbanas antes negligenciadas, essa transformação não ocorre sem consequências. Um dos principais aspectos controversos é a expulsão dos moradores originais, muitas vezes de baixa renda, que não conseguem acompanhar o aumento dos custos de moradia e estilo de vida impostos pelas mudanças.

Por um lado, a gentrificação pode trazer melhorias e renovação para áreas urbanas que antes estavam em declínio. O investimento de capital e a chegada de novos moradores com maior poder aquisitivo podem impulsionar a economia local, gerar empregos e melhorar a infraestrutura. Por outro lado, o encarecimento dos aluguéis e dos imóveis acaba por forçar as pessoas da comunidade a se mudarem para áreas mais afastadas, afetando o seu acesso à cidade e aos serviços. Essa realidade pode gerar segregação e aprofundar as desigualdades sociais. Há também os impactos ambientais. Um dos efeitos comuns é a redução das áreas verdes nos bairros, à medida que espaços abertos e parques são substituídos por construções densas.



“Gentrificação: a gourmetização do espaço urbano. Com impactos cada vez mais evidentes nas cidades, a gentrificação demanda soluções que conciliem desenvolvimento urbano e inclusão social”. Habitability. Acesso em: 01.06.2023. Adaptado.

Texto III

A aposentada Maria Juracy Aires, 69 anos, resiste a vender seu imóvel pois, quando entra no seu apartamento, em Curitiba, diz que seu sentimento é de afeto. Sua moradia vem sendo gradualmente depredada desde que uma construtora comprou todos os outros apartamentos do prédio no valor aproximado de R$350 mil. Maria Juracy Aires também recebeu propostas de compra, mas nunca demonstrou interesse em vender o seu apartamento, onde prefere desfrutar da sua aposentadoria. Sua história, segundo afirma, não está à venda. “O capitalismo é selvagem. Ele não respeita ninguém”, comenta.



Jess Carvalho. “Em ‘Aquarius’ da vida real, família protesta contra construtora que abandonou prédio no Cabral”. Plural Curitiba. Acesso em: 21.04.2024. Adaptado.



ENUNCIADO

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa e apresentando proposta(s) de solução(ões), sobre o tema:



A gentrificação urbana: entre os benefícios para as áreas urbanas e os malefícios para os moradores.

Redação do mês de maio





Texto II

Em pleno século XXI, o racismo e a discriminação racial ainda estão presentes na sociedade e nas relações de trabalho. “Quando essa prática se dá nos ambientes de trabalho, a Justiça do Trabalho atua, aplicando a lei. Quando comprovado o racismo, podem ser estabelecidas multas e sanções para o empregador que admite esse tipo de conduta e definidas indenizações”, descreve a presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), ministra Maria Cristina Peduzzi.

De acordo com o Observatório da Diversidade e da Igualdade de Oportunidades no Trabalho da Smartlab, plataforma conjunta da OIT com o Ministério Público do Trabalho (MPT), há uma diferença de remuneração relacionada a sexo e raça no setor formal. Enquanto a média salarial de um homem branco, em 2017, foi de R$ 3,3 mil e a de uma mulher branca foi de R$ 2,6 mil, a de homens e mulheres negros foi de R$ 2,3 mil e R$ 1,8 mil, respectivamente. Também houve segregação ocupacional de negros em cargos de direção – estes compunham apenas 29% dos cargos. Segundo o IBGE, em 2019 os pretos ou pardos representavam 64,2% da população desocupada e 66,1% da população subutilizada. Além disso, o número de trabalhadores negros em ocupações informais era de 47,3%, enquanto o de brancos era de 34,6%.

O combate a todas as formas de discriminação é um dos objetivos fundamentais do Brasil, cristalizados no artigo 3º, inciso IV, da Constituição da República. Em relação ao ambiente laboral, o artigo 7º, inciso XXX, da Constituição da República proíbe diferenças salariais por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.

SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO DO TST. “Discriminação racial no ambiente de trabalho”.

Notícias do Tribunal Superior do Trabalho, 20 nov. 2020 Disponível em: https://tst.jus.br/-/especial-discrimina%C3%A7%C3%A3o-racial-no-ambiente-de-trabalho.

Acesso em: 25 fev. 2025. Adaptado.

ENUNCIADO

Imagine que você é um jornalista que, navegando pelas redes sociais, recentemente se deparou com o post do texto I no perfil de um órgão governamental especializado em questões relacionadas a direitos trabalhistas. O depoimento lido faz parte de uma série de vários outros enviados por pessoas negras ao perfil, as quais buscavam denunciar episódios de racismo vividos em seus ambientes de trabalho.

Para entender mais sobre o assunto, você decide fazer uma pesquisa na internet e chega ao texto II, o qual te causa indignação, já que você percebe que, embora existam diferentes leis para proteger trabalhadores negros, eles ainda são discriminados de diferentes formas. Por isso, você decide escrever um artigo de opinião para ser publicado no jornal em que você trabalha sobre racismo no local de trabalho, denunciando uma situação recorrente no Brasil.



Para escrever seu texto, você deve:

a) Explicar o que é racismo no local de trabalho;

b) Dar dois exemplos de como ele pode acontecer;

c) Sugerir uma forma de o problema ser evitado.



Para configurar adequadamente o gênero, lembre-se de:

d) Escrever seu texto em primeira pessoa;

e) Posicionar-se claramente sobre o tema;

f) Apresentar ao menos dois argumentos que sustentem seu posicionamento;

g) Empregar uma linguagem formal e adequada à norma-padrão da língua portuguesa.



Gênero Textual:

2º série – Proposta 4 – Artigo de opinião

domingo, 13 de abril de 2025

CONFLITOS HISTÓRICOS, DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS - 3ª serie do E.M

2º BIMESTRE

Leia

Obras sugeridas
1. A mulher de pés descalços, Scholastique Mukasonga.


2. Cartas ao meu vizinho palestino, Yossi Klein Halevi.


3. A visão das plantas, Djaimilia Pereira de Almeida.


4. As meninas, Lygia Fagundes Telles.

REDAÇÃO PAULISTA

Propostas de redação P3.(abril) Texto dissertativo-argumentativo – Provão Paulista:

“O combate à fome no Brasil: entre a responsabilidade do Estado e a atuação da sociedade civil”.

P4. (maio) Texto dissertativo-argumentativo – Provão Paulista: “Processo de gentrificação urbana”.

REDAÇÃO - ABRIL

Texto I

13 de maio. Hoje amanheceu chovendo. É um dia simpático para mim. É o dia da Abolição. Dia que comemoramos a libertação dos escravos… (…) Continua chovendo. E eu tenho só feijão e sal. (…) Estou escrevendo até passar a chuva, para eu ir lá no senhor Manuel vender os ferros. Com o dinheiro dos ferros vou comprar arroz e linguiça. A chuva passou um pouco. Vou sair… Eu tenho tanto dó dos meus filhos. Quando eles vê as coisas de comer eles brada: – Viva a mamãe! A manifestação agrada-me. Mas eu já perdi o habito de sorrir. Dez minutos depois eles querem mais comida. Eu mandei o João pedir um pouquinho de gordura a Dona Ida. Ela não tinha. (…) … Choveu, esfriou. É o inverno que chega. E no inverno a gente come mais. A Vera começou pedir comida. E eu não tinha. (…) Fui pedir um pouco de banha a Dona Alice. Ela deu-me banha e arroz. Era 9 horas da noite quando comemos. E assim no dia 13 de maio de 1958 eu lutava contra a escravatura atual – a fome!

(Carolina Maria de Jesus. Quarto de despejo: diário de uma favelada. 10a ed. São Paulo: Ática, 2014, p. 30-32

Texto II


Uma pesquisa divulgada em 2022 afirma que 33 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar grave no Brasil. Os dados foram levantados pela Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional). De acordo com o levantamento, mais da metade da população brasileira (58,7% ou cerca de 125,2 milhões) vive com algum tipo de insegurança alimentar (IA). De acordo com a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, usada pela Rede Penssan, a insegurança alimentar ocorre quando a pessoa não tem acesso regular a alimentos e é dividida em 3 níveis:

• IA Leve – quando há preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro, além de queda na qualidade adequada dos alimentos para não comprometer a quantidade;

• IA Moderada – quando há redução quantitativa no consumo de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação;

• IA Grave – quando há ruptura nos padrões de alimentação, resultante da falta de alimentos entre todos os moradores do domicílio, incluindo crianças. Nessa situação as pessoas passam a conviver com a fome.

(“33 milhões vivem insegurança alimentar grave no país, diz estudo”. www.poder360.com.br, 08.12.2022. Adaptado)

Texto III

A produção global atual de alimentos é mais do que suficiente para suprir as necessidades calóricas de cada um dos 7 bilhões de indivíduos da população mundial. Mas há uma séria deficiência no sistema de distribuição dos recursos necessários para se ter acesso à alimentação, fenômeno que acontece principalmente nos países em desenvolvimento, como o Brasil. Essa deficiência está, acima de tudo, na construção da estrutura social que é extremamente desigual. Assim, as populações pobres têm recursos financeiros muito reduzidos, o que limita a compra de alimentos para consumo. A oferta de alimentos, tanto em quantidade quanto em variedade, é dirigida aos centros urbanos, que é onde há mais indivíduos com boas condições de poder aquisitivo. Contudo, é nessas localidades onde mais acontece o desperdício desses produtos. De fato, esse é um fator que agrava o cenário da insegurança alimentar. Em 2016, das 4 bilhões de toneladas métricas de comida produzida no mundo, um terço foi desperdiçado (1,3 bilhões de toneladas métricas). Existem dois principais padrões de desperdício determinados de acordo com a situação econômica dos países. Nos desenvolvidos, o processo normalmente está relacionado à sociedade civil, pois acontece nas mãos do consumidor final, quando a comida já está pronta, mas ela não é totalmente consumida, gerando os “restos” que são jogados fora. Já nos países em desenvolvimento, o desperdício ocorre em diferentes etapas antes. O alimento também é perdido durante a produção, quando a colheita não é utilizada ou é perdida por conta das condições precárias de armazenagem ou pelos agricultores não possuírem meios suficientes para transportar sua produção até os pontos de distribuição para venda.

(Erika Rizzo. “Fome no mundo: causas e consequências”. www.politize.com.br, 06.09.2017. Adaptado)

Texto IV

Embora seja relevante para combater a fome no Brasil, o assistencialismo imediato não substitui as políticas públicas a longo prazo, uma vez que a insegurança alimentar é um problema estrutural e não momentâneo. Além disso, as iniciativas particulares voltadas para ajudar os que passam fome podem tirar do Estado a responsabilidade de garantir a todos o direito à alimentação adequada. De acordo com a economista Tereza Campello, a insegurança alimentar precisa ser combatida, por exemplo, com o fortalecimento do salário mínimo, a geração de empregos formais, a execução de projetos de transferência de renda e a oferta de merenda escolar. A professora Maria Elisa Garavello, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, por sua vez, apontou os grupos de pessoas mais atingidas por esse problema – mães de família, pretos e pardos e a população rural. “O meio rural tem acesso à terra e ao mesmo tempo sofre de insegurança alimentar grave”, descreveu o que classificou como “um paradoxo”. Segundo a professora Thais Mauad, da Faculdade de Medicina da USP, não há como mapear ou quantificar a agricultura urbana, já que são várias as tipologias, desde o quintal de uma casa até uma horta comunitária, mas há inúmeros benefícios dessa prática, entre eles, a maior eficiência no suprimento de alimento, tanto na quantidade como na qualidade. A professora destaca que a agricultura urbana vem sendo utilizada por muitas pessoas para compor a renda e a própria alimentação.

(Moisés Dourado. “A fome não espera: são necessárias políticas públicas, além do assistencialismo”. https://jornal.usp.br, 12.05.2021. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa e apresentando proposta(s) de solução(ões), sobre o tema:


O combate à fome no Brasil: entre a responsabilidade do Estado e da sociedade civil


Como escrever um texto dissertativo-argumentativo modelo Vunesp? Para escrever um texto dissertativo-argumentativo, você pode estruturá-lo da seguinte maneira: 


1)Introdução: 


Contextualização do tema e exposição da tese (do ponto de vista sobre o tema). * Atenção: no caso da proposta de redação deste material, seu ponto de vista pode refletir um posicionamento com relação a um dos lados do tema. Ou seja, você pode deixar claro se o combate à fome é responsabilidade do Estado OU da sociedade civil e os porquês disso. Cada uma das razões apresentadas por você constituirá um argumento a ser desenvolvido. Dica adicional: na introdução, sempre empregue todas as palavras-chave do tema. No caso desta proposta: “combate”, “fome”, “Brasil”, “responsabilidade”, “Estado” e “sociedade civil”.


2) Desenvolvimento:


 Os argumentos que defendem seu ponto de vista sobre o tema são desenvolvidos com base em explicações, fatos, dados, relatos históricos, figuras de autoridade entre outras possibilidades. 


3) Conclusão: Elaboração de proposta de intervenção para solucionar a questão debatida no texto. A proposta deve apresentar os seguintes elementos: agente, ação, modo, efeito e detalhamento. Além disso, é fundamental que ela seja coerente com os argumentos apresentados no desenvolvimento do texto.


ESCREVIVÊNCIAS- 2ª SERIE DO E.M


2º BIMESTRE

Propostas de redação - ABRIL


Conto “Uma vida de força”


a) o tema do bimestre é escrevivências;
b) o tema permeará as discussões sobre a obra lida por cada um ao longo do bimestre;
c) haverá duas produções de texto, ambas com recortes temáticos que dialogam com a unidade temática;
 d) cada estudante deverá ler um livro por bimestre

O tema deste bimestre, escrevivências, foi selecionado devido à importância de que os estudantes em etapas mais maduras da vida escolar, como o Ensino Médio, reflitam sobre a relevância de contar suas próprias histórias e de ler histórias de vida de outras pessoas, em especial aquelas que se relacionam a questões históricas que impactam toda a sociedade.

O termo “escrevivência” foi criado pela escritora brasileira Conceição Evaristo ‒ autora de duas das obras sugeridas para leitura neste bimestre ‒ a partir da junção das palavras “escrita” e “vivência”, para se referir à escrita que, a partir de histórias pessoais, carrega experiências coletivas.,

Texto único

“Tio Totó não se conformava com o acontecido. Deus do céu, seria aquilo vida? Por que a gente não podia nascer, crescer, multiplicar­-se e morrer numa mesma terra, num mesmo lugar? Se a gente sai por aí, por este mundo de déu em déu e não volta, o que vale o respeito, a fé toda quando se está distante, no que para trás ficou? Para que a crença na volta ao lugar onde se enterra o umbigo? Verdade fosse!.
Tio Totó andava inconsolável: já velho, mudar de novo, num momento em que seu corpo pedia terra. Ele não sairia da favela. Ali seria sua última morada. Ele olhava o mundo com o olhar de despedida. Olhava sua terceira mulher, seus netos órfãos, sua casinha caiada de branco, algumas galinhas e o chiqueiro vazio.
– Perdi as forças, Maria­-Velha. Trabalhei demais. Eu quero agarrar nas coisas, pegar o machado, rachar essa lenha... Assento e penso: pra quê? Fiz isso a vida inteira... Labutei, casei três vezes, viuvei duas, a terceira mulher é você. Tive filhos das duas primeiras. Os filhos também se foram. Partidas tristes, antes do tempo cumprido, antes da hora. Eu, vivido, já velho, estou aqui[…]”

EVARISTO, Conceição. Becos da memória. Rio de Janeiro: Pallas, 2017, p. 10.

https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoas/1667-conceicao-evaristo


Redação do mês de abril

Enunciado:

Imagine que você é alguém que conviveu com tio Totó e que sabe por que motivos ele se recusava a sair de seu barraco: porque conseguiu construí-lo apenas com muito esforço. Com isso em mente, você decide escrever um conto que narre a trajetória de vida levada por tio Totó até conseguir construir seu barraco. O conto será apresentado em um sarau em sua comunidade para que todos entendam a importância daquele lugar para ele.


Em seu conto, você deverá:

a) Apresentar sua relação com tio Totó (como sobrinho(a), filho(a), irmã(o) ou vizinho(a));

b) Narrar a história de vida de tio Totó, mostrando que obstáculo ele superou para conseguir construir seu barraco;

c) Encerrar o conto mostrando o destino de tio Totó com a saída da favela.


Lembre-se, ainda, de:

a) Narrar o conto em primeira pessoa.

b) Dar ao conto um título que desperte curiosidade no leitor;

c) Organizar seu conto a partir da estrutura típica de uma narrativa: situação inicial, conflito, clímax e desfecho

d) Seguir a norma-padrão da língua portuguesa (isto é, fazer correções gramaticais e pontuar as frases corretamente), mas com liberdade para utilizar a linguagem de formas criativas (por exemplo, utilizando gírias, adjetivos e advérbios que ajudem a definir o espaço e os personagens do conto).



Obras sugeridas

1. Canção para ninar menino grande, Conceição Evaristo

2. Eu destilo melanina e mel, Upile Chisala

3. Olhos d’água, Conceição Evaristo

4. A mulher de pés descalços, Scholastique Mukasonga




quarta-feira, 5 de março de 2025

PLATAFORMA LEIA E REDAÇÃO PAULISTA




3ªSÉRIE DO E.M

O principal objetivo da aula é possibilitar que os estudantes compreendam as práticas de leitura e produção textual do mês, relacionando leitura e escrita à sua própria visão de mundo e à obra escolhida para ser lida no bimestre.


Sapiens, uma breve história da humanidade, de Yuval Noah Harari

a) O livro Sapiens aborda diferentes tipos de tecnologia mobilizados pelos seres humanos desde a Idade da Pedra, para evoluir até chegar à forma como vivemos atualmente. Por quais dessas tecnologias você mais se interessa?

b) Que tipos de conflitos você observou, em sua leitura, advindos das tecnologias descritas por Harari? O que você acha da forma como eles são apresentados?

c) Sapiens é um livro de não ficção, ou seja, ele é baseado em fatos, eventos e pessoas reais, e não busca imaginar histórias que não aconteceram de fato. Como esse gênero impacta seu ritmo de leitura? Que relação você conseguiu estabelecer com ele até aqui?

d) No livro, Harari aborda diferentes dilemas éticos relacionados a tecnologias. O que você acha deles? Perante eles, qual é o papel da tecnologia nos dias de hoje, em sua visão?



O médico e o monstro, de Robert Louis Stevenson

a) Em 2018, foi anunciada uma adaptação de O médico e o monstro para uma série de TV, a qual imaginará como seriam as filhas de dr. Jekyll e de sr. Hyde.1 Você se interessa mais pela leitura do livro original, sabendo que uma espécie de continuação dele será lançada na TV?

b) O médico e o monstro discute dilemas éticos relacionados aos avanços tecnológicos e aos experimentos científicos. Que posicionamentos propostos pelo livro você acha que seriam importantes para que a série mantivesse o mesmo tom crítico?

c) O livro foi publicado há quase 150 anos, em 1886. Com base em sua leitura, por que você acha que ele continua relevante?

d) Que aspectos de sua realidade se relacionam às questões expostas ou criticadas pelo livro?




Frankenstein, de Mary Shelley

a) O livro Frankenstein leva o subtítulo de O Prometeu moderno, fazendo referência ao mito grego de Prometeu, um titã que roubou o fogo dos deuses – símbolo do esclarecimento – para dá-lo aos humanos, e disso decorreram consequências terríveis tanto para Prometeu quanto para os humanos. Que relação você consegue estabelecer entre o mito e o livro?

b) Por que você diria que Frankenstein continua relevante mais de 200 anos após sua primeira publicação? Que paralelos você consegue estabelecer entre a história e os dias de hoje?

c) A autora do livro, Mary Shelley, procura deixar claro que nem todo avanço científico é benéfico para a humanidade. Como isso aparece no livro? Você concorda com esse posicionamento?

d) Frankenstein é considerado um dos livros que inauguraram a ficção científica, um gênero que explora os impactos da ciência e da forma como ela é manuseada na sociedade, frequentemente com base na concepção de como seriam novos avanços tecnológicos. Como você percebe isso no livro? Que discussões científicas ele traz?




O alienista, de Machado de Assis

a) O título do conto O alienista faz referência a como se chamavam, até o começo do século XX, os profissionais dedicados a estudar e a ajudar pacientes que sofriam de “alienação mental” – profissão hoje ocupada por psicólogos e psiquiatras. No conto, o alienista determina que pessoas devem ou não ser tratadas por ele, evidenciando o papel da ciência na delimitação de normas e de controle sociais. Você percebe isso em seu cotidiano de alguma forma? O que você pensa sobre isso?

b) Você sente que o formato conto te auxiliou na leitura de alguma maneira? E a linguagem do conto?

c) No conto, Machado de Assis problematiza os limites éticos da ciência. Como isso é feito? E como isso pode se estender até a atualidade?

d) Você percebe alguma semelhança entre o poder exercido pelo alienista e o impacto das tecnologias modernas sobre a sociedade? O que o conto revela sobre poder e ciência?




Começo de conversa


a) neste mês, haverá a produção de uma Dissertação Enem sobre “Desafios para o uso crítico da inteligência artificial na educação brasileira”.


Objetivos da aula- Os estudantes deverão debater questões relevantes da vida escolar, juvenil, social, política, econômica ou científica, que servirão de base para a produção textual do mês por meio de discussões e atividades, e deverão produzir um projeto de texto conforme a situação comunicativa delimitada pela proposta de produção do mês.

A proposta de trabalho com projeto de texto Enem Professor, para a aula de projeto de texto Enem, recomenda-se a leitura das páginas 21 a 23 da cartilha elaborada pelo Inep em 2024, com orientações aos estudantes sobre como se preparar para a prova de redação, cuja referência segue mais adiante. Aqui, serão reproduzidas as principais mensagens da cartilha acerca do projeto de texto e a elas serão acrescentadas algumas sugestões.


Veja como o Inep explica ao estudante de que se trata a Competência III (Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista): A Competência III trata da inteligibilidade do seu texto, ou seja, de sua coerência e da plausibilidade entre as ideias apresentadas, o que está alicerçado no planejamento prévio à escrita, isto é, na elaboração de um projeto de texto. A inteligibilidade da sua redação depende, p portanto, dos seguintes fatores:


• seleção de argumentos;

• relação de sentido entre as partes do texto;

• progressão adequada ao desenvolvimento do tema, revelando que a redação foi planejada e que as ideias desenvolvidas são, pouco a pouco, apresentadas de forma organizada;

• desenvolvimento dos argumentos, com a explicitação da relevância das ideias apresentadas para a defesa do ponto de vista definido. E, em seguida, o que é, no texto Enem, o projeto de texto:



O QUE É PROJETO DE TEXTO?


Projeto de texto é o planejamento prévio à escrita da redação. É o esquema que se deixa perceber pela organização estratégica dos argumentos presentes no texto. Nesse projeto, são definidos os argumentos que serão mobilizados para a defesa do ponto de vista e qual a melhor ordem para apresentá-los, de modo a garantir que o texto final seja articulado, claro e coerente. Assim, o texto que atende às expectativas referentes à Competência III é aquele no qual é possível perceber a presença implícita de um projeto de texto, ou seja, aquele em que é claramente identificável a estratégia escolhida para defender o ponto de vista.



Sugestão adicional relação com a proposta de intervenção. (material impresso pela coordenação).


Tendo em vista as orientações do Inep, vale a pena, na aula de projeto de texto Enem, orientar os estudantes a planejarem seus projetos prevendo a “organização estratégica dos argumentos”, sem que se esqueçam de que os argumentos devem dialogar com a proposta de intervenção (a proposta resolve as questões discutidas ao longo do desenvolvimento).

A ação é o que se apresenta como solução para o problema. Ela deve ter claro caráter interventivo. São exemplos: o investimento em certa área, a reorganização de verbas, a arrecadação orçamentária, a formulação de uma lei etc. Ação: o que é possível apresentar como solução para o problema? O agente é quem realiza a ação, isto é, um órgão ou entidade capaz de executá-la. São exemplos: o Governo, um Ministério específico, a prefeitura de uma cidade, o presidente etc. Para pensá-lo, pergunte: Agente: quem deve executar a ação? O modo/meio representa como ou de que forma a ação deverá ser executada. Uma boa maneira de introduzi-lo é utilizando expressões como “por meio de/de maneira”. São exemplos: investimentos, órgãos específicos etc. Modo/meio: como viabilizar a ação? O efeito é a finalidade da ação, ou seja, o que se espera alcançar ou solucionar com ela. Efeito: para quê? O detalhamento acrescenta informações a algum elemento da proposta, de modo a torná-la mais completa. Ele pode ser uma exemplificação, especificação ou justificativa da ação, do modo/meio ou do agente. Nesses casos, detalhamentos entre travessões ou vírgulas são mais facilmente identificados. A exceção é o efeito – seu único detalhamento possível é uma consequência, isto é, um efeito do efeito. Detalhamento: que outra informação pode ser acrescentada a um dos elementos-chave (agente, ação, modo/meio, finalidade) para detalhar a proposta? Por exemplo, uma explicação ou exemplificação.

Sobre a estrutura da proposta de intervenção Uma organização possível para a proposta, e que torna cada um de seus elementos bastante evidente, é a seguinte: Agente -> ação -> modo/meio -> efeito + detalhamento de um dos elementos anteriores isolado por vírgulas ou travessões. Exemplo (com detalhamento da ação) O Governo (agente) deve impor sanções a empresas (ação), em especial as virtuais, que criam perfis de usuários para influenciar suas condutas (detalhamento da ação), por via da instauração de Secretarias planejadas para a atuação no ambiente digital (meio), uma vez que tais plataformas padecem de fiscalizações efetivas, com o fito de minorar o controle de comportamentos por particulares (efeito).* *Adaptado da redação de David Klinsman, sobre “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”, disponível em anexo neste material. O produto do projeto de texto Professor, para seu conhecimento, é interessante ter em mente a qual produto espera-se que os alunos cheguem montando um projeto de texto. Veja o quadro a seguir.

Tese 
Os desafios para o uso crítico da inteligência artificial na educação brasileira são causados pela ausência de conhecimento sobre o tema (A1), o que leva, consequentemente, a uma dificuldade de se lidar de forma crítica com novas tecnologias (A2). Sugere-se que a organização do texto siga a seguinte estrutura:


 § 1 – Introdução Contextualização do tema + relação entre o tema e a tese + tese composta pela frase temática e os dois argumentos que serão defendidos no texto.

§2 – Argumento 1 
Frase que resume a ideia central do § + explicação do argumento (comprovação; explicação detalhada; apresentação de dados; mobilização de repertório) + fechamento (relação entre argumento e tema). 

§3 – Argumento 2 
Frase que resume a ideia central do § + explicação do argumento (comprovação; explicação detalhada; apresentação de dados; mobilização de repertório) + fechamento (relação entre argumento e tema)


§4 –Conclusão Apresentação de proposta de intervenção que resolva as causas/consequências discutidas no texto



SUGESTÕES PARA CONDUÇÃO DA AULA 10 

Começo de conversa (≅ 2 min.) Antes de passar à primeira atividade, explique aos estudantes que a aula será voltada para o planejamento do texto, isto é, ao projeto de texto que norteará o desenvolvimento de sua produção escrita. Para delimitar o foco da aula, você pode explicar os seguintes pontos, destacando na lousa o que julgar necessário: 

a) a produção textual do mês será um texto dissertativo-argumentativo modelo Enem;

b) a proposta será lida em conjunto para dar início às atividades da aula;

c) o projeto de texto é a etapa preliminar da produção textual; haverá tempo, nas próximas aulas, para as etapas seguintes, como a produção de um rascunho e a digitação da redação na plataforma.


ATIVIDADE 1

Leitura e análise da proposta de produção textual Passo 1 (≅ 3 min.) Inicie a atividade lendo a frase temática da proposta de produção. Faça perguntas aos estudantes para despertar seu interesse, questionando se identificam o que deverá ser discutido, se têm familiaridade com o tema e se ele aparece no cotidiano da turma de alguma maneira. Passo 2 (≅ 15 min.) Leia e discuta coletivamente com os estudantes a proposta de produção textual e peça à turma para ir anotando os principais aspectos discutidos. As perguntas a seguir podem nortear a discussão e as respostas a elas, e, sendo anotadas pelos alunos, contribuirão para agilizar a elaboração do projeto de texto.

a) Qual é o tema? (Desafios para o uso crítico da inteligência artificial na educação brasileira.) 

b) Qual é o problema em discussão? (A falta de uso crítico da inteligência artificial na educação brasileira.) 

c) Por que o problema existe? (causas) O que ele causa? (consequências) 

d) De que maneira cada um dos textos motivadores contribui para a discussão do problema? 

e) Quais dados, fatos, informações presentes nos textos motivadores podem compor os projetos de texto dos estudantes?




Passo 3 (≅ 20 min.) Reserve 20 a 25 minutos para que os estudantes elaborem o projeto de texto. O quadro exposto na seção pré-aula 10 com exemplo de produto do projeto de texto pode ser reproduzido na lousa para que os estudantes sigam o modelo.

Fechamento da atividade e encerramento da aula (≅ 5 min.) Deixe os minutos finais da aula para a elucidação de eventuais dúvidas dos alunos sobre o planejamento do texto. Retome com eles se os conceitos de proposta de intervenção, tese e argumentos foram bem compreendidos – deixe claro que eles nortearão o desenvolvimento do texto nas próximas aulas.










ROTEIRO - LEIA

 2ªSÉRIE - E.M

ATIVIDADE 1

Reflexão:

Vidas secas, de Graciliano Ramos

a) O título de Vidas secas faz referência direta à aridez do sertão brasileiro; contudo, a secura pode se relacionar também a outros aspectos do livro. Que aspectos poderiam ser esses? Você os observa na realidade brasileira hoje de alguma forma?

b) Em alguns anos, o livro completará noventa anos desde sua primeira publicação. De que forma você diria que ele continua relevante hoje, quase um século depois?

c) O formato do livro, dividido em capítulos curtos narrados do ponto de vista de diferentes personagens, contribuiu de alguma forma para sua apreciação (ou não) da leitura?

d) O livro já recebeu diversas adaptações para TV, cinema, teatro e cordel. Que capítulo ou momento específico do livro você diria que deve aparecer em uma adaptação para que ela transmita a essência da história?

a) Além da aridez do sertão, a "secura" no livro pode estar relacionada à falta de perspectivas da família de Fabiano, à dureza das relações humanas e à dificuldade de comunicação entre os personagens, que falam pouco e têm dificuldades de expressar seus sentimentos. Essa "secura" também pode ser vista na realidade brasileira hoje, em situações como a desigualdade social, a falta de acesso a direitos básicos e a persistência de condições de miséria em várias regiões do país.

b) O livro continua relevante porque aborda temas universais como a pobreza, a luta por dignidade e a desigualdade social. Apesar de quase um século desde sua publicação, o Brasil ainda enfrenta problemas semelhantes aos vividos por Fabiano e sua família, como a seca no Nordeste, a exploração dos trabalhadores e a dificuldade de ascensão social.

c) O formato do livro, com capítulos curtos e focados em diferentes personagens, permite que o leitor entre na perspectiva de cada um deles, enriquecendo a experiência de leitura. Para alguns leitores, isso torna a narrativa mais interessante e dinâmica; para outros, pode parecer fragmentado e mais difícil de acompanhar.

d) Um momento essencial para qualquer adaptação é a cena em que Baleia, a cadela da família, morre. Esse episódio concentra grande parte da carga emocional do livro e simboliza o sofrimento e a resistência dos personagens. Outra cena importante é a caminhada da família em busca de uma vida melhor, pois representa a constante luta dos retirantes contra a seca e a opressão.

Reflexão

O fio das missangas, de Mia Couto

a) O fio das missangas é escrito por um autor moçambicano, por isso o português usado pelo autor tem variações e diferenças se relacionado ao português usado no Brasil. Você notou essas questões em algum momento?

Como isso afetou sua leitura?

b) Que tipo de fronteiras são atravessadas no livro?

Você as percebe em seu cotidiano de alguma forma?

c) Em uma das principais passagens do livro, lemos: “Eu [o narrador] dou o fio e as mulheres a missanga. E são tantas as missangas”. Que missangas do livro mais te marcaram em sua leitura até agora?

d) Como tem sido sua relação com o ritmo de leitura do livro, considerando que ele reúne vários contos de curta extensão? Isso pode facilitar a leitura de alguma forma?

a) Sim, o português usado por Mia Couto tem particularidades do Moçambique, com expressões, construções sintáticas e vocabulário diferentes do português do Brasil. Além disso, ele tem um estilo poético, cheio de metáforas e neologismos. Isso pode tornar a leitura um pouco desafiadora no início, mas também a torna mais rica, trazendo novas formas de enxergar a língua.

b) O livro atravessa várias fronteiras: culturais, linguísticas, emocionais e sociais. Ele mostra personagens que lidam com desigualdades, expectativas sociais e dores pessoais. No cotidiano, podemos perceber essas fronteiras em preconceitos, diferenças de oportunidades e nas barreiras invisíveis que separam as pessoas por classe, gênero ou cultura.

c) Cada conto é como uma "missanga" no fio narrativo do livro. Algumas histórias que costumam marcar os leitores são aquelas que falam sobre relações humanas, silenciamentos e perdas. Um exemplo é o conto que dá nome ao livro, que fala sobre a passagem do tempo e a efemeridade das relações.

d) O formato de contos curtos pode facilitar a leitura, pois permite que ela seja feita aos poucos, sem necessidade de acompanhar uma única narrativa longa. Além disso, cada conto tem sua própria intensidade, permitindo pausas para reflexão antes de seguir para o próximo.

Os estudantes  tentarão estabelecer relações entre a leitura bimestral e o recorte temático da produção textual do mês, isto é, uma reportagem de divulgação científica sobre invisibilidade pública.

● Como isso se relaciona ao que você está lendo?

 

OBS: 2°A Vidas Secas

         2°B O fio das Missangas

         2° C  Vidas Secas 

Reflexão favorita do livro

 Atividade de Leitura MATERIAL IMPRESSO PELA COORDENAÇÃO ESCOLAR!