Orientação gênero + Enunciado:
A partir dos textos motivadores e do seu repertório pessoal, redija um texto de divulgação científica a respeito do tema “A economia verde e a transição para um futuro sustentável”.
Reflita sobre a relevância dessa iniciativa e suas consequências para o equilíbrio entre o crescimento econômico, a preservação ambiental e o bem-estar social em direção de um futuro mais sustentável.
Estrutura textual:
Os textos de divulgação científica são elaborados geralmente por pesquisadores com a intenção de divulgar informações às outras pessoas (público leitor) que em grande parte desconhecem o tema. Apresentam dados, teorias, conceitos, metodologias científicas como forma de divulgar pesquisas, estudos teóricos, resultados investigativos etc. sobre um determinado assunto.
- Introdução: apresente de forma sucinta, clara e objetiva o tema, os objetivos e a metodologia (no caso da exposição de um estudo), explicando sua relevância e atualidade para a sociedade.
- Desenvolvimento: desenvolva os principais pontos de discussão com base em evidências científicas, dados e informações de pesquisas, explicações ou citações de especialistas; exponha informações sobre a metodologia, exemplificações, comparações, metáforas, entre outros recursos que facilitem o entendimento do tema.
- Conclusão: escreva os resultados e destaque as implicações do estudo ou das informações, ressaltando a relevância do tema e incentivando uma reflexão ou ação com base no conhecimento apresentado.
- Referências: Insira, após concluir o texto, as fontes consultadas.
Dicas para a escrita:
- O texto deve ser escrito de forma clara, objetiva, impessoal e acessível para um público amplo.
- São utilizados marcadores discursivos para organizar as informações apresentadas, estabelecendo-se relações lógicas entre elas, como “Mesmo assim”, “apesar”, “embora”, “agora”, “aliás”, etc.
- Para fundamentar as informações, são apresentados dados do estudo, explicações atribuídas aos pesquisadores.
Texto 1
Economia verde e desenvolvimento sustentável
A ideia de que podemos continuar com nossas práticas econômicas e sociais atuais é uma ilusão perigosa. Os eventos ambientais extremos – cada vez mais frequentes e intensos –comprovam isso. Para Ricardo Abramovay, continuar seguindo a lógica de explorar o meio ambiente sem pensar nas consequências acaba com qualquer chance de reverter, ou mesmo mitigar, os efeitos das mudanças climáticas. E isso é o que discute o novo episódio do Ciência & Cultura Cast, que comemora os 75 anos da revista.
“A maneira com que usamos os serviços ecossistêmicos – como utilizamos os sistemas climáticas, a biodiversidades, a capacidade de absorver água por parte das cidades, a presença de carros nas ruas – vem em primeiro lugar do setor privado. E lógica desse setor até aqui tem sido ‘eu não tenho nada a ver com mudança climática’, ou ‘mudança climática é um assunto do governo’”, explica o professor da Cátedra Josué de Castro da Faculdade de Saúde Pública e do Instituto de Energia e Ambiente, ambos da USP. “Mas essa lógica acabou. A lógica não pode mais ser ‘o que eu vou ganhar com isso’. A lógica tem que ser ‘o que eu, como empresa, ofereço para a sociedade, vai contribuir para prejudicar ou para regenerar os serviços ecossistêmicos?’”, pontua.
Neste cenário, a economia verde considera a finitude dos recursos naturais, os serviços ecossistêmicos e os limites planetários estabelecidos pela ciência, oferecendo uma abordagem prática e concreta para a implementação dos princípios da sustentabilidade. Trata-se de um modelo que integra práticas de produção, distribuição e consumo dentro desses limites, promovendo a sustentabilidade e a justiça social. A transição para uma economia verde é impulsionada por mudanças regulatórias e pela evolução da consciência dos consumidores. No entanto, essa transição apresenta desafios significativos. Países desenvolvidos, com suas pegadas ecológicas maiores, precisam reduzir seu impacto ambiental, enquanto os países em desenvolvimento devem encontrar maneiras de crescer economicamente sem repetir os erros dos mais ricos. “O Brasil, com sua matriz energética de baixa intensidade de carbono, tem uma oportunidade única de liderar pelo exemplo, esverdeando ainda mais sua economia e aproveitando suas vantagens naturais”, defende Ricardo Abramovay.
Referências:
SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA. Economia verde e desenvolvimento sustentável, Disponível em: https://portal.sbpcnet.org.br/noticias/economia-verde-e-desenvolvimento-sustentavel/ Acesso em: 28 de set. 2024.
Texto 2
Economia verde
[...]
A emergência da economia verde ocorre em grande sintonia com as mudanças impostas por uma sociedade mais urbana, bem informada e exigente, que vem alterando com rapidez seus padrões de consumo, forçando ajustes nos padrões de produção. Ao olhar para o futuro, a economia verde aparece como resposta relevante a ameaças e desafios globais, como o enfrentamento da emergência climática e a recuperação pós-pandemia da covid-19, ao mesmo tempo em que é indicada como caminho possível para aproveitamento de oportunidades.
Por sua vez, é possível uma ruptura no sistema socioeconômico mundial se não houver transição ou adaptação para a economia verde (Dubeux; Campos, 2020). Na mesma direção, a não adoção de práticas circulares possivelmente resultará na exclusão de vários players do mercado mundial, principalmente a partir das exigências de atores importantes como a UE (estratégia Green Deal). Setores que dependam fortemente de subsídios (como alguns ligados ao agronegócio) poderiam perder espaço na economia circular. O mesmo estudo identificou oportunidades relevantes, entre as quais se destacam o acesso a financiamento de projetos e iniciativas de PD&I que sigam os princípios da economia circular e da economia verde; e as oportunidades de negócios entre Brasil e UE, caso o Brasil consiga fomentar práticas circulares e sustentáveis.
Apesar de os desafios e as oportunidades sinalizarem para a importância da economia verde, a transição para esse sistema é um processo de médio e longo prazo, que envolve comprometimento político dos Estados para uma mudança de modelo de desenvolvimento econômico. Esse processo envolve iniciativas relacionadas ao envolvimento público na implementação de uma abordagem verde nas políticas nacionais (tais como energia renovável, tecnologias e processos com baixa emissão de carbono, prédios eficientes em energia), a promoção de pegadas ambientais e o desenvolvimento de serviços bancários e investimentos verdes (Dogaru, 2021). Portanto, uma economia verde será diferente para cada país, dependendo das medidas adotadas com base em suas prioridades nacionais e seus ativos naturais (International Institute for Sustainable Development, 2014).
[...]
Referências:
EMBRAPA. Economia verde. Disponível em: https://www.embrapa.br/visao-de-futuro/sustentabilidade/sinal-e-tendencia/economia-verde Acesso em: 28 de set. 2024.
Texto 3
- Imagem 1: Economia verde utiliza recursos naturais de fonte responsável sem prejudicar o meio ambiente.
- Imagem 2: Incentiva práticas sustentáveis e o uso de tecnologias para diminuir os impactos ambientais.
- Imagem 3: Promove o desenvolvimento sustentável sem interferir ou prejudicar a economia.
Referências:
POTENCIAL FLORESTAL. Economia verde a chave para o desenvolvimento sustentável. Disponível em: https://potencialflorestal.com.br/economia-verde/ Acesso em: 28 de set. 2024.
N° mínimo de palavras: 200
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