sexta-feira, 1 de novembro de 2024

REDAÇÃO DO MÊS DE NOVEMBRO - 2ª SÉRIE DO E.M

Orientação gênero + Enunciado:


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo da sua formação, redija um poema no estilo Slam sobre o tema “Povos Brasileiros”.


Estrutura textual:

Os slams têm origem na década de 1980 em Chicago com Marc Smith. São competições de poesia falada. Poetas slammers apresentam textos autorais sem acompanhamento musical ou adereços, sempre abordam temas com um teor crítico e engajado e interagem com o público por meio de performances como forma de expressão poética e de resistência.

 

  1. Sugestão para estruturar um poema no estila Slam


  1. Dê ao texto um título atrativo;
  2. Organize seu slam em versos e estrofes;
  3. Elabore um esquema de rimas (regulares ou ocasionais);
  4. Pense no ritmo que deseja imprimir ao slam (regular ou irregular);
  5. Empregue uma linguagem clara, coloquial, poética e inventiva;
  6. Use sua criatividade: você pode trabalhar metáforas, comparações, personificações e outras figuras para enriquecer seu poema.


Textos de apoio


TEXTO 1:


Ampara o desamparo

por Roberta Estrela D’Alva


[...]


Se tentarem te derrubar...

Num dêxa, num dêxa

Deixô deu cara no muro

E ginga e mexe os pauzinho

E dá os seus pulo

Se a chave num tá no chavêro

Arromba o portão

E serra as barras dessa cela

Feita de dor e de escuridão


No desamparo a amperagem da revolta

é mil volts

Temperatura do sangue bombando

é mil grau

E suportar a pressão

é trabalho de herói

Mas se “Zumbi Somos Nós”

não é mais pessoal


Que tal?

Sem saber se amanhã vai ter chão

pra pisar prosseguir caminhando

sempre em frente sem olhar pra trás.

Na fé que esse mundo vai ser justo e bom pra viver em paz,

sem sinhozinho, sem capataz

Sem pau, nem cachorro correndo atrás, geral na calada,

Sem tiro, sem mágoa, sem solidão

Pai desconhecido, escola vazia, sem choro nem vela ou caixão

Sem fome ou intriga da oposição.


Então

Falar é fácil, eu sei e isso não é

Sermão

Que a escolha é encolha

Se não tem

Opção

Que o caminho bifurca

E turva a

Visão

Mas quem guia tá no peito,

Se chama CORAÇÃO


[...]



Texto 2:


Mojubá

por Lobinho


Mojubá

Mojubá, que na língua Iorubá

Quer dizer respeito (2x)

Vieram no arquipélago de Açores

Camões nomeou "ilha dos amores"

Seu ipovo colhendo feito flores

Mudando o mundo e suas cores

Impuseram aos africanos a dor

Na sua fé cega fogueiras e ardor

Nos descendentes nasceu o clamor

"Homem branco... tenha mais amor!"

Se valeram de um ato ordinário

Nos fizeram peixe em aquário

Nadando contra um bravo rio

"Em noite triste a tremer de frio"

E condenam

A palavra reparação

Deixaram os negros

Sem preparação

Escravizados

Sem pátria e nação

É por isso que estamos em ação

[...]


Com nossos anseios desvairados

Se preferirem, inteiramente pirados

E se nos desafiarem, estaremos armados

De livros, palavras e nossa história

Conscientes dessa triste trajetória

Na cabeça, guardamos a memória

Da humilhação que acabou: vitória

Hoje buscamos devido respeito

Ainda existem chagas no peito

Mas nada que não tenha jeito

Não choramos mais a sós no leito

Sei que novamente irão julgar

Podem até chamar de "vulgar"

Mesmo assim vamos divulgar

Verdadeira liberdade promulgar

Defenderemos nossa crença

Sofreremos na vossa presença

Já tivemos tua vil sentença

"Xô" preconceito, sai doença

Iorubás,

Nagôs,

Jejês,

Makuas,

Monjolos,

Egbás,

Ijeás,

Óyó, Ewe...

Namastê.

Mojubá!


Referência:


SLAM POESIA DIGITAL. Poesias. Disponível em: https://slamdigital.com.br/poesia/ Acesso em: 28 de set. 2024.


200 palavras


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