sexta-feira, 1 de novembro de 2024

REDAÇÃO DE NOVEMBRO - 3ª SÉRIE DO E.M



Orientação gênero + Enunciado:



Considerando as ideias apresentadas nos textos e também outras informações que julgar pertinentes, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “Refugiados ambientais e vulnerabilidade social” (Fuvest 2023).


Estrutura textual:

Introdução: apresentação do tema abordado e da tese a ser defendida.
Desenvolvimento: argumentação em defesa da tese apresentada na introdução. Usualmente, desenvolvem-se dois argumentos. Explique suas ideias de forma clara e coerente e procure sustentá-las com base em exemplos concretos (dados, fatos, acontecimentos), argumentos de autoridade, comparações, alusões históricas, entre outros recursos que confiram legitimidade a sua linha de raciocínio.
Conclusão: retomada das palavras-chave do tema e da tese, acrescida de uma síntese do pensamento final a que se chegou sobre o assunto. Não é obrigatória a sugestão de propostas de intervenção.


Dicas para a produção de texto: Lembre-se de articular de forma coerente a tese defendida com argumentos convincentes, sempre deixando aquele que considera mais potente para o fechamento.

Gênero textual:
Texto Dissertativo- Argumentativo







Texto I:




As últimas décadas vêm sendo marcadas por diversas crises humanitárias a acometer diversas partes do globo, sejam elas guerras, desastres naturais ou doenças. Tais crises acabam por ser responsáveis por uma das situações mais graves, complexas e urgentes a serem solucionadas no mundo, que é a crise de refugiados, um dos maiores desafios da história recente. Apesar de as guerras e conflitos terem ganhado certo destaque e relevância como os grandes agentes causadores de tal fenômeno, esses fatores, apesar de importantes, não formam a principal causa de grande parte do êxodo de refugiados. Ao contrário do senso comum, grande parte dos deslocamentos forçados e refúgios no mundo se dão por desastres naturais como alagamentos, terremotos, vulcões ou ciclones.




https://aun.webhostusp.sti.usp.br/. Adaptado.







Texto 2:




Aproximavam-se agora dos lugares habitados, haveriam de achar morada. Não andariam sempre à toa, como ciganos. O vaqueiro ensombrava-se com a ideia de que se dirigia a terras onde talvez não houvesse gado para tratar. Sinhá Vitória tentou sossegá-lo dizendo que ele poderia entregar-se a outras ocupações, e Fabiano estremeceu, voltou-se, estirou os olhos em direção à fazenda abandonada. Recordou-se dos animais feridos e logo afastou a lembrança. Que fazia ali virado para trás?

Vidas Secas. Graciliano Ramos.




Texto 3:




Um relatório do Banco Mundial projeta que até o ano de 2050 poderá haver mais de 17 milhões de latinoamericanos (2,6% dos habitantes da região ou o equivalente à população do Equador) deslocados pela mudança climática se não forem tomadas medidas concretas para frear seus efeitos. “Os migrantes climáticos se deslocarão de áreas menos viáveis, com pouco acesso à água e produtividade de cultivos, e de áreas afetadas pela elevação do nível do mar e pelas marés de tempestade”, diz o documento. As áreas que sofrerão o golpe mais duro, acrescenta, são as mais pobres e vulneráveis.








Texto 4:




Somos alertados o tempo todo para as consequências das escolhas recentes que fizemos. E se pudermos dar atenção a alguma visão que escape a essa cegueira que estamos vivendo no mundo todo, talvez ela possa abrir nossa mente para alguma cooperação entre os povos, não para salvar os outros, para salvar a nós mesmos. Ideias para adiar o fim do mundo.




Aílton Krenak. Adaptado.







Texto 5:








Imagem: Sebastião Salgado - Êxodos




Texto 6:








Fonte: Relatório Groundswell, do Banco Mundial - Infográfico elaborado em 13/09/2021

Referências:

FUVEST. Vestibular FUVEST 2023. Abordagens esperadas. Disponível em: https://www.fuvest.br/wp-content/uploads/fuvest2023_abordagens_esperadas_2fase.pdf Acesso em: 28 set. 2024.




N° mínimo de palavras: 250








REDAÇÃO DO MÊS DE NOVEMBRO - 2ª SÉRIE DO E.M

Orientação gênero + Enunciado:


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo da sua formação, redija um poema no estilo Slam sobre o tema “Povos Brasileiros”.


Estrutura textual:

Os slams têm origem na década de 1980 em Chicago com Marc Smith. São competições de poesia falada. Poetas slammers apresentam textos autorais sem acompanhamento musical ou adereços, sempre abordam temas com um teor crítico e engajado e interagem com o público por meio de performances como forma de expressão poética e de resistência.

 

  1. Sugestão para estruturar um poema no estila Slam


  1. Dê ao texto um título atrativo;
  2. Organize seu slam em versos e estrofes;
  3. Elabore um esquema de rimas (regulares ou ocasionais);
  4. Pense no ritmo que deseja imprimir ao slam (regular ou irregular);
  5. Empregue uma linguagem clara, coloquial, poética e inventiva;
  6. Use sua criatividade: você pode trabalhar metáforas, comparações, personificações e outras figuras para enriquecer seu poema.


Textos de apoio


TEXTO 1:


Ampara o desamparo

por Roberta Estrela D’Alva


[...]


Se tentarem te derrubar...

Num dêxa, num dêxa

Deixô deu cara no muro

E ginga e mexe os pauzinho

E dá os seus pulo

Se a chave num tá no chavêro

Arromba o portão

E serra as barras dessa cela

Feita de dor e de escuridão


No desamparo a amperagem da revolta

é mil volts

Temperatura do sangue bombando

é mil grau

E suportar a pressão

é trabalho de herói

Mas se “Zumbi Somos Nós”

não é mais pessoal


Que tal?

Sem saber se amanhã vai ter chão

pra pisar prosseguir caminhando

sempre em frente sem olhar pra trás.

Na fé que esse mundo vai ser justo e bom pra viver em paz,

sem sinhozinho, sem capataz

Sem pau, nem cachorro correndo atrás, geral na calada,

Sem tiro, sem mágoa, sem solidão

Pai desconhecido, escola vazia, sem choro nem vela ou caixão

Sem fome ou intriga da oposição.


Então

Falar é fácil, eu sei e isso não é

Sermão

Que a escolha é encolha

Se não tem

Opção

Que o caminho bifurca

E turva a

Visão

Mas quem guia tá no peito,

Se chama CORAÇÃO


[...]



Texto 2:


Mojubá

por Lobinho


Mojubá

Mojubá, que na língua Iorubá

Quer dizer respeito (2x)

Vieram no arquipélago de Açores

Camões nomeou "ilha dos amores"

Seu ipovo colhendo feito flores

Mudando o mundo e suas cores

Impuseram aos africanos a dor

Na sua fé cega fogueiras e ardor

Nos descendentes nasceu o clamor

"Homem branco... tenha mais amor!"

Se valeram de um ato ordinário

Nos fizeram peixe em aquário

Nadando contra um bravo rio

"Em noite triste a tremer de frio"

E condenam

A palavra reparação

Deixaram os negros

Sem preparação

Escravizados

Sem pátria e nação

É por isso que estamos em ação

[...]


Com nossos anseios desvairados

Se preferirem, inteiramente pirados

E se nos desafiarem, estaremos armados

De livros, palavras e nossa história

Conscientes dessa triste trajetória

Na cabeça, guardamos a memória

Da humilhação que acabou: vitória

Hoje buscamos devido respeito

Ainda existem chagas no peito

Mas nada que não tenha jeito

Não choramos mais a sós no leito

Sei que novamente irão julgar

Podem até chamar de "vulgar"

Mesmo assim vamos divulgar

Verdadeira liberdade promulgar

Defenderemos nossa crença

Sofreremos na vossa presença

Já tivemos tua vil sentença

"Xô" preconceito, sai doença

Iorubás,

Nagôs,

Jejês,

Makuas,

Monjolos,

Egbás,

Ijeás,

Óyó, Ewe...

Namastê.

Mojubá!


Referência:


SLAM POESIA DIGITAL. Poesias. Disponível em: https://slamdigital.com.br/poesia/ Acesso em: 28 de set. 2024.


200 palavras


REDAÇÃO DO MÊS DE NOVEMBRO - 1ª SÉRIE DO E.M

 Orientação gênero + Enunciado:


A partir dos textos motivadores e do seu repertório pessoal, redija um texto de divulgação científica a respeito do tema “A economia verde e a transição para um futuro sustentável”.


Reflita sobre a relevância dessa iniciativa e suas consequências para o equilíbrio entre o crescimento econômico, a preservação ambiental e o bem-estar social em direção de um futuro mais sustentável.


Estrutura textual:


Os textos de divulgação científica são elaborados geralmente por pesquisadores com a intenção de divulgar informações às outras pessoas (público leitor) que em grande parte desconhecem o tema. Apresentam dados, teorias, conceitos, metodologias científicas como forma de divulgar pesquisas, estudos teóricos, resultados investigativos etc. sobre um determinado assunto.


  1. Introdução: apresente de forma sucinta, clara e objetiva o tema, os objetivos e a metodologia (no caso da exposição de um estudo), explicando sua relevância e atualidade para a sociedade.


  1. Desenvolvimento: desenvolva os principais pontos de discussão com base em evidências científicas, dados e informações de pesquisas, explicações ou citações de especialistas; exponha informações sobre a metodologia, exemplificações, comparações, metáforas, entre outros recursos que facilitem o entendimento do tema.


  1. Conclusão: escreva os resultados e destaque as implicações do estudo ou das informações, ressaltando a relevância do tema e incentivando uma reflexão ou ação com base no conhecimento apresentado.


  1. Referências: Insira, após concluir o texto, as fontes consultadas.


Dicas para a escrita:

  1. O texto deve ser escrito de forma clara, objetiva, impessoal e acessível para um público amplo.
  2.  São utilizados marcadores discursivos para organizar as informações apresentadas, estabelecendo-se relações lógicas entre elas, como “Mesmo assim”, “apesar”, “embora”, “agora”, “aliás”, etc.
  3. Para fundamentar as informações, são apresentados dados do estudo, explicações atribuídas aos pesquisadores.

Texto 1


Economia verde e desenvolvimento sustentável


A ideia de que podemos continuar com nossas práticas econômicas e sociais atuais é uma ilusão perigosa. Os eventos ambientais extremos – cada vez mais frequentes e intensos –comprovam isso. Para Ricardo Abramovay, continuar seguindo a lógica de explorar o meio ambiente sem pensar nas consequências acaba com qualquer chance de reverter, ou mesmo mitigar, os efeitos das mudanças climáticas. E isso é o que discute o novo episódio do Ciência & Cultura Cast, que comemora os 75 anos da revista.

“A maneira com que usamos os serviços ecossistêmicos – como utilizamos os sistemas climáticas, a biodiversidades, a capacidade de absorver água por parte das cidades, a presença de carros nas ruas – vem em primeiro lugar do setor privado. E lógica desse setor até aqui tem sido ‘eu não tenho nada a ver com mudança climática’, ou ‘mudança climática é um assunto do governo’”, explica o professor da Cátedra Josué de Castro da Faculdade de Saúde Pública e do Instituto de Energia e Ambiente, ambos da USP. “Mas essa lógica acabou. A lógica não pode mais ser ‘o que eu vou ganhar com isso’. A lógica tem que ser ‘o que eu, como empresa, ofereço para a sociedade, vai contribuir para prejudicar ou para regenerar os serviços ecossistêmicos?’”, pontua.


Neste cenário, a economia verde considera a finitude dos recursos naturais, os serviços ecossistêmicos e os limites planetários estabelecidos pela ciência, oferecendo uma abordagem prática e concreta para a implementação dos princípios da sustentabilidade. Trata-se de um modelo que integra práticas de produção, distribuição e consumo dentro desses limites, promovendo a sustentabilidade e a justiça social. A transição para uma economia verde é impulsionada por mudanças regulatórias e pela evolução da consciência dos consumidores. No entanto, essa transição apresenta desafios significativos. Países desenvolvidos, com suas pegadas ecológicas maiores, precisam reduzir seu impacto ambiental, enquanto os países em desenvolvimento devem encontrar maneiras de crescer economicamente sem repetir os erros dos mais ricos. “O Brasil, com sua matriz energética de baixa intensidade de carbono, tem uma oportunidade única de liderar pelo exemplo, esverdeando ainda mais sua economia e aproveitando suas vantagens naturais”, defende Ricardo Abramovay.


Referências:

SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA. Economia verde e desenvolvimento sustentável, Disponível em: https://portal.sbpcnet.org.br/noticias/economia-verde-e-desenvolvimento-sustentavel/ Acesso em: 28 de set. 2024.



Texto 2

Economia verde

[...]

A emergência da economia verde ocorre em grande sintonia com as mudanças impostas por uma sociedade mais urbana, bem informada e exigente, que vem alterando com rapidez seus padrões de consumo, forçando ajustes nos padrões de produção. Ao olhar para o futuro, a economia verde aparece como resposta relevante a ameaças e desafios globais, como o enfrentamento da emergência climática e a recuperação pós-pandemia da covid-19, ao mesmo tempo em que é indicada como caminho possível para aproveitamento de oportunidades. 

Por sua vez, é possível uma ruptura no sistema socioeconômico mundial se não houver transição ou adaptação para a economia verde (Dubeux; Campos, 2020). Na mesma direção, a não adoção de práticas circulares possivelmente resultará na exclusão de vários players do mercado mundial, principalmente a partir das exigências de atores importantes como a UE (estratégia Green Deal). Setores que dependam fortemente de subsídios (como alguns ligados ao agronegócio) poderiam perder espaço na economia circular. O mesmo estudo identificou oportunidades relevantes, entre as quais se destacam o acesso a financiamento de projetos e iniciativas de PD&I que sigam os princípios da economia circular e da economia verde; e as oportunidades de negócios entre Brasil e UE, caso o Brasil consiga fomentar práticas circulares e sustentáveis.

Apesar de os desafios e as oportunidades sinalizarem para a importância da economia verde, a transição para esse sistema é um processo de médio e longo prazo, que envolve comprometimento político dos Estados para uma mudança de modelo de desenvolvimento econômico. Esse processo envolve iniciativas relacionadas ao envolvimento público na implementação de uma abordagem verde nas políticas nacionais (tais como energia renovável, tecnologias e processos com baixa emissão de carbono, prédios eficientes em energia), a promoção de pegadas ambientais e o desenvolvimento de serviços bancários e investimentos verdes (Dogaru, 2021). Portanto, uma economia verde será diferente para cada país, dependendo das medidas adotadas com base em suas prioridades nacionais e seus ativos naturais (International Institute for Sustainable Development, 2014). 

[...]

Referências:

EMBRAPA. Economia verde. Disponível em: https://www.embrapa.br/visao-de-futuro/sustentabilidade/sinal-e-tendencia/economia-verde Acesso em: 28 de set. 2024.


Texto 3



  1. Imagem 1: Economia verde utiliza recursos naturais de fonte responsável sem prejudicar o meio ambiente.


  1. Imagem 2: Incentiva práticas sustentáveis e o uso de tecnologias para diminuir os impactos ambientais.


  1. Imagem 3: Promove o desenvolvimento sustentável sem interferir ou prejudicar a economia.


Referências:

POTENCIAL FLORESTAL. Economia verde a chave para o desenvolvimento sustentável. Disponível em: https://potencialflorestal.com.br/economia-verde/  Acesso em: 28 de set. 2024.


N° mínimo de palavras200

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